Bolsonaro critica inelegibilidade de Marine Le Pen; confira

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a decisão da Justiça francesa que tornou a líder da ultradireita Marine Le Pen inelegível por cinco anos, classificando a medida como “claro ativismo judicial da esquerda”. A declaração foi dada em entrevista à agência Reuters nesta segunda-feira (31).

Le Pen, líder do partido União Nacional (RN), foi condenada por apropriação indébita de fundos da União Europeia e também recebeu uma sentença de quatro anos de prisão, além de uma multa de 100 mil euros (cerca de R$ 618 mil). Apesar da punição, a execução da pena de prisão e o pagamento da multa dependem do esgotamento dos recursos judiciais. No entanto, a inelegibilidade entrou em vigor imediatamente por meio de uma medida de “execução provisória”.

Bolsonaro afirmou enfrentar situação semelhante no Brasil. O ex-presidente está inelegível até 2030, acusado de abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação para atacar o sistema eleitoral brasileiro. Além disso, na semana passada, ele se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) na investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

“Essa decisão é um claro ativismo judicial da esquerda. A denúncia contra mim também é fumaça, e quem vai julgar a gente põe no mínimo uma interrogação. Que desvio de recurso público é esse da Le Pen? O Trump também foi acusado de algo parecido nos Estados Unidos, ele enfrentou, é bilionário, líder do maior partido, conseguiu enfrentar”, declarou Bolsonaro à Reuters.

Le Pen vinha liderando as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais francesas de 2027, e sua inelegibilidade pode impactar o cenário político da França. A decisão judicial gerou reações tanto entre aliados quanto entre opositores da líder da ultradireita europeia.


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