O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou nesta quinta-feira que tenha enviado dinheiro ao exterior para se preparar para a execução de um golpe de Estado, como apontam investigações da Polícia Federal (PF). Em vídeo postado nas redes sociais, Bolsonaro admite o envio de R$ 800 mil aos EUA no fim de 2022, mas nega qualquer irregularidade.
“Enviei, sim, da minha poupança do Banco do Brasil para o BB Américas. Ou seja, o dinheiro continuou num banco brasileiro, o Banco do Brasil”, disse Bolsonaro, em vídeo publicado no perfil de seu advogado e assessor Fabio Wajngarten.
Segundo Bolsonaro, não faria sentido enviar dinheiro aos EUA caso estivesse planejando um golpe de Estado, pois os recursos seriam bloqueados.
“[Quero] dizer à nossa querida Polícia Federal que o último país do mundo onde um golpista, ditador, enviaria recurso seriam os Estados Unidos, porque é um país democrata e que respeita tratados. E esses recursos seriam imediatamente bloqueados”, afirmou o ex-presidente.
Ele afirmou, ainda, que enviou os recursos por receio em relação à política econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiria em 2023.
“Só em 2023, brasileiros enviaram para fora do país US$ 2,1 bilhões de dólares. Repito, isso não é crime. Por que eles fizeram isso? Assim como eu, porque tínhamos dúvidas sobre a política e a economia do atual mandatário de esquerda”, concluiu o ex-presidente.
