O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou, nesta quarta-feira (8), a fala do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que durante um evento em Brasília, comentou que “maridos são mais apaixonados pelas amantes do que pelas esposas”. A declaração foi feita durante o discurso de Lula no ato que marcou os dois anos do 8 de Janeiro, em memória aos ataques golpistas contra as instituições democráticas.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Bolsonaro respondeu ao comentário de Lula, questionando a autoridade do presidente para falar sobre a família e destacando o seu próprio amor pela esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. “Segundo o Lula, maridos amam mais as amantes? Esse é o chefe da Nação que fala em família? O que podemos esperar desse cidadão? A família é a base da sociedade, dispensa comentário. Sou apaixonado pela minha esposa e, com toda certeza, a grande maioria dos maridos”, afirmou Bolsonaro.
Durante o evento, enquanto se dizia um “amante da democracia”, o presidente Lula fez a polêmica comparação que gerou risos na plateia. “Eu sou um amante da democracia. Porque a maioria das vezes os amantes são mais apaixonados pela amante do que pelas mulheres”, disse o presidente, aparentemente sem a intenção de causar controvérsias, mas gerando reação imediata.
Além da fala sobre relacionamentos, Lula fez referência ao filme “Ainda Estou Aqui”, do diretor Walter Salles, que aborda a história da família do ex-deputado Rubens Paiva, assassinado durante a ditadura militar. O presidente também comentou sobre o ato de união em defesa da democracia e da luta contra os “golpistas” do 8 de Janeiro.
“Estamos aqui para dizer que estamos vivos e a democracia está viva, ao contrário do que planejavam os golpistas de 8 de Janeiro. Estamos aqui, mulheres e homens, de diferentes origens, crenças, partidos e ideologias, unidos por uma causa em comum”, afirmou Lula.
O evento também contou com a cerimônia de reintegração das obras de arte recuperadas após os ataques de janeiro de 2023, e o presidente Lula participou da ação com o público, no chamado “Abraço da Democracia”, na Praça dos Três Poderes.
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