O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesta quarta-feira (30) e continuará sua recuperação em um quarto do hospital particular onde está internado em Brasília. Ele passou por uma cirurgia no intestino no último dia 13 de abril, após apresentar quadro de obstrução intestinal.
De acordo com boletim médico, Bolsonaro apresenta quadro clínico estável, sem febre ou dores, com a pressão arterial sob controle. Os médicos relataram evolução positiva nos movimentos intestinais espontâneos e início de dieta líquida ainda nesta quarta.
Apesar da melhora, o ex-presidente segue recebendo suporte nutricional tanto por via oral quanto parenteral (endovenosa), além de realizar fisioterapia motora e receber medidas preventivas contra trombose venosa. Ele permanece sob monitoramento constante, conforme recomendação médica.
A cirurgia foi realizada sem intercorrências, não exigiu transfusão de sangue e teve duração de 12 horas. O procedimento foi considerado bem-sucedido, mas exigiu cuidados intensivos por conta da inflamação corporal típica de cirurgias de grande porte.
Segundo o cardiologista Leandro Echenique, a operação desencadeou um processo inflamatório que exige vigilância para evitar complicações, como infecções ou alterações na pressão arterial. Ainda não há previsão para retomada da alimentação totalmente por via oral.
Mesmo com a recomendação médica de restrição a visitas, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, esteve com Bolsonaro no hospital no dia 22 de abril.
Durante sua internação, Bolsonaro também foi intimado sobre a abertura de uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF). A notificação foi entregue no dia 23 de abril, dentro da UTI onde ele estava internado.
O ex-presidente passou mal no dia 11 de abril, durante compromisso no Rio Grande do Norte. Na ocasião, ele apresentou dores e distensão abdominal, o que levou à necessidade de cirurgia dias depois.
