Segundo o secretário de atenção primária, Nésio Fernandes, o Brasil voltará a abrir vagas para médicos estrangeiros atuarem no Brasil dentro do programa Mais Médicos, criado na gestão de Dilma Rousseff (PT) em 2013.
“É possível adotar uma estratégia única de provimento de médicos unificando o Médicos pelo Brasil e o programa Mais Médicos. Vamos retomar um grande movimento para garantir médicos em todos os municípios brasileiros” -disse Nésio Fernandes.
Num primeiro momento, as vagas serão oferecidas para médicos brasileiros com registro no país e para brasileiros formados no exterior. As vagas que sobrarem serão abertas para estrangeiros. Entre os estrangeiros, podem ser cubanos que ficaram no Brasil ou médicos de qualquer país do mundo que entrem nos critérios da legislação que permitem a participação no Mais Médicos.
Até Cuba se retirar do programa durante o governo Bolsonaro, pouco mais da metade dos participantes – 8.556 dos 16.707 – eram oriundos de Cuba. A grande polêmica que envolvia o programa era justamente a participação dos cubanos, visto que estes trabalhando no Brasil de forma vigiada e boa parte dos seus salários ia direto para Cuba. Bolsonaro tentou reverter a situação e pagar integralmente os salários aos profissionais, mas Cuba não teria aceito e por isso se retirou do programa.
“A experiência do Programa Mais Médicos para o Brasil e a participação cubana demonstram que um programa de cooperação Sul-Sul pode ser estruturado sob os auspícios da Organização Pan-Americana da Saúde para promover seus objetivos em nossa região. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e a Organização Mundial da Saúde qualificam-no como o principal exemplo de boas práticas na cooperação triangular e na implementação da Agenda 2030 com os seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.” Trecho da nota enviada por Cuba ao anunciar a saída do programa.