O Brasil registrou 2.758 focos de incêndio na sexta-feira, 6 de setembro de 2024, de acordo com dados do sistema BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A região da Amazônia é a mais afetada, concentrando 1.158 ocorrências, o que representa 56,5% do total.
O Estado do Mato Grosso lidera com o maior número de queimadas, com 933 focos registrados em 24 horas, seguido pelo Pará com 415 e Amazonas com 282. Entre 1º e 6 de setembro, o país contabilizou 20.734 focos de incêndio.
Todos os seis biomas brasileiros tiveram registros de incêndio, com o Cerrado apresentando o segundo maior número de focos, totalizando 811, ou 29,4% do total.
O mês de agosto de 2024 encerrou com o maior número de queimadas em 14 anos, com 68.635 ocorrências, o quinto maior índice desde o início da série histórica em 1998. Este número representa um aumento de 144% em relação ao mesmo período de 2023.
O país enfrenta uma seca histórica, a pior em 44 anos, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI).
A seca e a estiagem são comuns no inverno brasileiro, que vai de junho a setembro, mas a intensidade deste ano é incomum. Entre os fatores que contribuem para a situação estão ondas de calor intensas, com seis ocorrências desde o início da temporada, e ondas de frio reduzidas, apenas quatro.
Além disso, a seca antecipada afetou várias regiões, com a estiagem na Amazônia se intensificando quase um mês antes do previsto, já no início de junho.
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