A Câmara dos Deputados colocou em sigilo os registros de entrada de Francisco Wanderley Luiz, o “homem-bomba” que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). O atentado, ocorrido em 13 de novembro deste ano, é investigado pela Polícia Federal (PF).
Por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), o Metrópoles requisitou à Câmara os registros de acesso do “homem-bomba” à Casa Baixa nos últimos cinco anos e pediu que fossem indicados quais gabinetes ou unidades ele visitou. A negativa ao acesso ocorreu na última segunda-feira (16/12).
“Informa-se que a divulgação das informações solicitadas envolvem questões sensíveis relacionadas à segurança orgânica da Câmara dos Deputados e o seu acesso irrestrito pode pôr em risco a segurança da Casa, além de comprometer as investigações em andamento, razão pela qual devem ser preservadas no âmbito interno desta instituição”, frisou a Câmara na resposta..
Em resposta, a Casa Baixa ainda citou previsão da Lei de Acesso que autoriza o sigilo quando o compartilhamento da informação pode “comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações”.