O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) criticou nesta segunda-feira (21) a apreensão de um pen drive durante operação da Polícia Federal (PF) na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. O dispositivo foi encontrado no banheiro da residência, e, segundo laudo da PF citado pelo portal g1, seu conteúdo foi considerado irrelevante para as investigações.
Nas redes sociais, Carlos classificou o episódio como “grotesco” e ironizou o que chamou de “suposto ‘pen drive explosivo’”. Para ele, trata-se de mais um “factoide” criado com o objetivo de desgastar a imagem do pai. “Tudo é meticulosamente calculado não apenas para alimentar a narrativa previamente plantada, mas também para nutrir o imaginário popular com enredos fantasiosos”, escreveu o vereador no X (antigo Twitter). (Confira a íntegra da declaração no final da matéria).
A operação da PF ocorreu na última sexta-feira (18) e teve autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que apura uma suposta trama golpista. Durante a ação, os agentes também apreenderam o celular de Bolsonaro e dólares em espécie.
Como resultado da operação, o ex-presidente foi alvo de novas medidas cautelares: ele está proibido de usar redes sociais, manter contato com diplomatas e frequentar embaixadas. Além disso, passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.
Eis a íntegra da declaração de Carlos Bolsonaro:
– A estratégia é clara: desgastar ao máximo, dia após dia, para manter viva a agenda imposta pelo sistema. Para isso, fabricam-se factoides continuamente – como o episódio grotesco do suposto “pen drive explosivo” encontrado na casa de Jair Bolsonaro, tratado pela velha imprensa como se fosse a chave de um golpe imaginário e suas profundas e escorregadias derivações.
– Tudo é meticulosamente calculado não apenas para alimentar a narrativa previamente plantada, mas também para nutrir o imaginário popular com enredos fantasiosos, criando uma cortina de fumaça sobre os reais problemas do Brasil: desemprego, insegurança, deterioração institucional, escândalos de corrupção e evolução do que pretende o regime.
– O foco nunca foi a verdade – é manter o teatro em cartaz enquanto o país desmorona nos bastidores. A peça macaquinhos fazendo escola e sendo seguida literalmente pelas “instituições brasileiras”.