O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) informou ter registrado um boletim de ocorrência contra o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) nesta sexta-feira (3), sob o argumento de que militantes teriam promovido atos em frente à sua residência que ofereceriam riscos à sua segurança.
Em publicação no X, Carlos exibiu uma foto em que aparece segurando o B.O. diante de uma delegacia da região, e agradeceu à Polícia Civil pela prontidão no atendimento.
– Acabo de registrar boletim de ocorrência sobre os fatos ocorridos em frente à minha residência, envolvendo integrantes do MTST e seus alinhados, que expõem possibilidades de derivações criminosas e risco à minha integridade física. Agradeço à Polícia Civil pela atenção e prontidão no atendimento – declarou o vereador.
Também nesta sexta, o parlamentar usou as redes sociais para deixar registrada sua indignação com a prisão de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e os “abusos cometidos por um ministro relator que, em total afronta à lei, insiste em manter preso quem sequer foi denunciado”. A fala é uma referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
– Mais um dia se passa e o Brasil assiste, atônito, à destruição de seu Estado Democrático de Direito. Jair Bolsonaro, último presidente eleito pelo povo, permanece há quase 70 dias preso, submetido ainda a outros 60 dias de tornozeleira eletrônica, incomunicável, censurado nas redes sociais e vigiado por agentes do Estado 24 horas por dia. Não há respaldo legal que justifique tais arbitrariedades. O que se vê é perseguição política implacável, que já lhe custou até mesmo a saúde – declarou.
Carlos também teceu críticas a figuras políticas que estariam se mantendo omissas diante dos acontecimentos envolvendo o líder conservador.
– Mais um dia de silêncio cúmplice também daqueles que se autoproclamam de direita, mas se calam diante da continuidade da prisão, da censura e da destruição psicológica, física e eleitoral do maior líder político do país. Esse silêncio não é neutralidade; é alinhamento direto com o sistema que busca aniquilar Jair Bolsonaro e, pior, se beneficiar de sua morte. O que está em jogo não é apenas a liberdade de um homem, mas a sobrevivência da democracia brasileira – assinalou.