Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron, devem anunciar um cessar-fogo no Líbano entre o Hezbollah e Israel dentro de 36 horas, segundo informações fornecidas por quatro fontes libanesas seniores nesta segunda-feira (25) à agência Reuters.
Em Washington, o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou que o processo está próximo de uma conclusão, mas destacou que nada está finalizado até que todos os pontos sejam resolvidos.
A Presidência da França informou que as discussões sobre o cessar-fogo avançaram significativamente. Em Jerusalém, uma autoridade israelense de alto escalão declarou que o gabinete de Israel se reunirá nesta terça-feira (26) para votar a aprovação do acordo com o Hezbollah.
Fontes ligadas às negociações revelaram à CNN Internacional que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou preliminarmente o acordo durante uma reunião de segurança realizada no domingo (24), mas alguns detalhes ainda estão sendo ajustados.
O porta-voz do premiê israelense confirmou que o gabinete deve votar a proposta na terça-feira, indicando que a aprovação é provável. Apesar disso, há um consenso entre os envolvidos de que o acordo só será definitivo quando todos os pontos pendentes forem solucionados.
Israel iniciou, no final de setembro, uma ofensiva aérea e terrestre contra o Hezbollah no Líbano. Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos considerados radicais e financiados pelo Irã, sendo opositores declarados de Israel. Os ataques no Líbano, que se intensificaram nos últimos meses, causaram destruição em larga escala e obrigaram mais de um milhão de pessoas a deixarem suas casas. Até o momento, o conflito já resultou em dezenas de mortes no território libanês.
Paralelamente, os combates na Faixa de Gaza continuam. Militares israelenses enfrentam o Hamas e buscam reféns sequestrados pelo grupo durante um ataque ocorrido em 7 de outubro de 2023, que deixou mais de 1.200 mortos e 250 sequestrados. Desde então, o território sofreu destruição quase total devido aos bombardeios israelenses.
Em outra frente, Israel e Irã trocaram ataques, elevando a tensão, mas sem uma escalada para um conflito direto. O Exército israelense também tem conduzido bombardeios contra milícias aliadas ao Irã na Síria, Iêmen e Iraque.
No momento, as negociações por tréguas seguem travadas tanto no Líbano quanto na Faixa de Gaza, dificultando a perspectiva de uma resolução imediata.
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