O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou, nesta sexta-feira (25), uma nota técnica reforçando que o acesso a Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) é regulado por critérios técnicos rigorosos e só pode ocorrer com autorização médica prévia.
O posicionamento vem à tona após a visita de uma oficial de Justiça ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), internado no Hospital DF Star, em Brasília, desde o dia 13 de abril.
Sem mencionar diretamente o caso, o CFM alertou que normas como agendamento prévio, número limitado de visitantes, uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e respeito aos protocolos de segurança são obrigatórios em qualquer hospital do país. A nota destaca que desrespeitar esses critérios pode representar risco elevado à saúde dos pacientes e violação grave à rotina médica.
– Estas regras garantem a estabilidade clínica e a segurança física e emocional dos pacientes em condição crítica, sem condição de alta, devendo ser seguidas em todos os estabelecimentos de assistência médica do país, aplicadas indistintamente a quaisquer pessoas sob qualquer pretexto, inclusive equipes de jornalismo e agentes públicos em cumprimento de determinação judicial – afirma o conselho.
O ex-presidente segue em tratamento intensivo, em recuperação da sétima cirurgia relacionada à facada que sofreu em 2018. O procedimento durou mais de 12 horas e tem exigido cuidados especiais, como jejum total e nutrição por via intravenosa.