O governo do Chile anunciou nesta terça-feira (07) a retirada de seu embaixador na Venezuela e o rompimento das relações diplomáticas com Caracas, em resposta ao que chamou de “fraude eleitoral” nas últimas eleições presidenciais venezuelanas.
A decisão foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores chileno, que ressaltou que a medida reflete a evolução dos acontecimentos desde o pleito realizado em 28 de julho de 2024.
Segundo o comunicado da diplomacia chilena, Nicolás Maduro garantiu sua permanência na presidência venezuelana a partir de 10 de janeiro de 2025, mesmo após diversas denúncias internacionais sobre a legitimidade do processo eleitoral. O regime chavista, em reação às críticas, ordenou a expulsão do corpo diplomático de oito países que contestaram sua reeleição, incluindo o Chile. Apesar disso, o embaixador chileno Jaime Gazmuri permaneceu na Venezuela até recentemente.
O governo chileno destacou que a expulsão do pessoal diplomático de Caracas, ocorrida em agosto, somada à falta de abertura para negociações por parte do governo venezuelano, agravou a crise e inviabilizou o desenvolvimento de um diálogo bilateral eficaz. Esse cenário, segundo Santiago, culminou na decisão de romper os laços diplomáticos.
O rompimento ocorre a poucos dias da posse presidencial na Venezuela, marcada para a próxima sexta-feira (10), quando Maduro iniciará seu terceiro mandato consecutivo, apesar das pressões da comunidade internacional. Paralelamente, o líder da oposição, Edmundo González, prometeu retornar do exílio e assumir o Palácio de Miraflores na mesma data, intensificando as tensões políticas no país.
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