A China Nonferrous Trade (CNT), subsidiária da ditadura comunista da China, adquiriu a maior reserva de urânio do Brasil, localizada no estado do Amazonas, por US$ 340 milhões (aproximadamente R$ 2 bilhões). A transação foi confirmada no início da tarde de 26 de novembro, quando a mineradora Taboca, responsável pela mina do Pitinga em Presidente Figueiredo, comunicou ao Governo do Amazonas a venda de 100% de suas ações à empresa chinesa.
A mina de Pitinga, situada a 107 km de Manaus, é uma das maiores e mais promissoras reservas de urânio do país, além de conter outros minerais estratégicos como nióbio, tântalo, estanho e tório, essenciais para indústrias de alta tecnologia. A Taboca, que opera na região desde 1969, afirmou que a venda representa uma oportunidade de crescimento e que esse novo momento é estratégico para a empresa. A transação foi formalizada pela Minsur S.A., empresa peruana controladora da Taboca.
A aquisição da reserva, considerada de importância estratégica para a indústria bélica e usinas nucleares, gerou preocupações no cenário político e econômico. O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou a venda em pronunciamento no Plenário do Senado no dia 27 de novembro, questionando a falta de restrições para empresas estrangeiras na exploração de recursos naturais no Brasil. Ele apontou que, enquanto o país enfrenta bloqueios à exploração de recursos na Amazônia, empresas chinesas conseguem adquirir ativos minerais estratégicos sem obstáculos, levantando suspeitas de favorecimento ao governo chinês.
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