Com os benefícios de sua delação premiada em risco, o tenente-coronel Mauro Cid vai prestar depoimento ao ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde de quinta-feira (21/11). O magistrado vai decidir se Cid deve ser punido por, segundo a Polícia Federal, ter omitido de seus depoimentos o plano para assassinar autoridades como o próprio Moraes e o presidente Lula (PT) e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), no final de 2022, antes da posse deles.
Moraes, contrariando o que é de praxe na Corte, não nomeou um juiz-auxiliar para conduzir o depoimento e tomou para si a responsabilidade. Ele ficará frente a frente com o ex-ajudante de ordens do ex-pesidente Jair Bolsonaro (PL).
O depoimento foi marcado após a PF revelar novos detalhes da investigação sobre um suposto golpe de Estado nos últimos dias do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Cid, dessa forma, pode perder os benefícios da delação premiada se Moraes considerar que ele teria mentido ou omitido informações importantes para as investigações do suposto Golpe de Estado.