Em meio a especulações sobre uma possível cisão entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira, deixou claro de que lado ficaria. Em entrevista à CNN Brasil nesta terça-feira, Nogueira afirmou que, caso Tarcísio se afaste de Bolsonaro, seu apoio permaneceria incondicionalmente ao lado do ex-presidente.
“Eu não ficarei com o Tarcísio em hipótese nenhuma, se ele escantear o presidente Bolsonaro. Primeiro, é um suicídio político. Tarcísio, sem o apoio de Bolsonaro, eu acho muito difícil até para o governo de São Paulo. Eu acredito que ele não vai cometer um suicídio político desse aí”, declarou o senador, apontando que um rompimento com Bolsonaro representaria riscos para o futuro político do governador.
Nogueira também ressaltou a proximidade crescente de Tarcísio com o PSD, partido com o qual Bolsonaro possui uma relação conflituosa. “Eu acho que ele tem uma aproximação muito forte com o PSD – foi o grande partido que ele privilegiou nessas eleições. O PSD tem sérios problemas com Jair Bolsonaro, sérios problemas. Não vou aqui revelar intimidades do presidente Bolsonaro, mas o presidente Bolsonaro tem restrições absurdas ao PSD. Não sei como o Tarcísio vai enfrentar”, comentou o senador.
Além do PSD, Tarcísio enfrenta tensões com outras siglas importantes. Segundo Nogueira, “Tarcísio tem hoje problemas com o Progressistas, com o União Brasil e vejo algumas pessoas do próprio partido dele, o Republicanos, insatisfeitas politicamente com ele. Hoje ele está muito bem apenas com o PSD”.
Apesar das críticas, Ciro Nogueira destacou que o governador de São Paulo é um “grande gestor” e elogiou sua atuação à frente do estado. “Tá fazendo um grande mandato. Teve uma vitória expressiva na capital, o prefeito Ricardo Nunes deve sua eleição ao governador Tarcísio”, concluiu.
- Celso Amorim defende que Brasil deve insistir em diálogo com Venezuela
- ‘Voltamos à estaca zero’, diz Bia Kicis, sobre Projeto da Anistia