A Coca-Cola emitiu na terça-feira (25) uma nota para justificar a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em um congresso patrocinado pela empresa, mesmo ele estando incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky.
Segundo a companhia, “não tem qualquer participação na definição da programação ou na escolha dos palestrantes”.
O congresso, promovido pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), ocorreu entre 11 e 14 de novembro, em Brasília, com tema “O MP do futuro: democrático, resolutivo e inovador”, e ingressos entre R$ 820 e R$ 1.020. Moraes foi anunciado como um dos oradores centrais do evento.
A nota da Coca-Cola ressalta: “Essas responsabilidades cabem exclusivamente aos organizadores do evento. No momento da confirmação do patrocínio institucional na edição mais recente do Congresso, a empresa não foi informada sobre a lista de palestrantes. A empresa ou seus representantes não participaram do Congresso nem tiveram qualquer envolvimento em seu desenvolvimento”.
De acordo com o portal Metrópoles, a presença do ministro provocou reação de um representante do Departamento de Estado norte-americano. Um oficial de alto escalão do governo de Donald Trump teria contatado um executivo da Coca-Cola no país, desaprovando explicitamente o patrocínio da empresa a um evento com a participação de um sancionado pela Lei Magnitsky.
Eis a íntegra da noda da Coca‑Cola:
“A Coca‑Cola Brasil é parceira institucional da CONAMP há vários anos, assim como inúmeras outras empresas, apoiando o ‘Congresso Nacional do Ministério Público’ com o único objetivo de fomentar o diálogo sobre temas de interesse público e relevância social. A empresa não tem qualquer participação na definição da programação ou na escolha dos palestrantes; essas responsabilidades cabem exclusivamente aos organizadores do evento. No momento da confirmação do patrocínio institucional na edição mais recente do Congresso, a empresa não foi informada sobre a lista de palestrantes. A empresa ou seus representantes não participaram do Congresso nem tiveram qualquer envolvimento em seu desenvolvimento.”