Nesta quarta-feira, 4, a Colômbia suspendeu o cessar-fogo o grupo guerrilheiro ELN (Exército de Libertação Nacional).
O fato ocorreu após o grupo informar na terça-feira que não havia nenhum acordo com o governo. o ELN declarou que “não discutiu nenhuma proposta de cessar-fogo bilateral com o governo de Gustavo Petro, portanto ainda não há acordo sobre o assunto”.
“Dada a posição tomada publicamente ontem, decidimos suspender os efeitos legais do decreto 2.657 de 31 de dezembro de 2022, e no próximo ciclo de negociações o diálogo sobre esta questão será reativado”, disse o ministro do Interior da Colômbia, Alfonso Prada, em entrevista coletiva na Casa de Nariño, sede do governo.
O ministro também convidou “esta organização a declarar uma trégua verificável em resposta ao imperativo das comunidades étnicas, territoriais e camponesas”, enquanto a questão do cessar-fogo bilateral está sendo resolvida.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, havia anunciado no último dia do ano de 2022 um acordo de cessar-fogo bilateral com os principais grupos armados do país, o ELN inclusive. Para cada organização, o governo expediu decretos, que ainda mantém em sigilo, nos quais estabelece as condições da trégua que, segundo cálculos independentes, abrange cerca de 15 mil combatentes.
O ELN está presente em 22 dos 32 estados da Colômbia, onde disputa a receita do narcotráfico e do garimpo ilegal, o grupo teria cerca de 3.500 combatentes.
