O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou em queda de 0,55% nesta terça-feira (15), chegando aos 116.171 pontos. Com essa queda, o índice acumulou seu décimo primeiro pregão consecutivo de baixas, o que representa a maior sequência de quedas desde a série de 11 perdas entre o final de janeiro e o começo de fevereiro de 1984. Embora essa sequência chame a atenção, é importante notar que essa queda ainda representa uma diminuição de menos de 5%, e acontece após um período de alta de quase 20% nos quatro meses até o final de julho.
Mais uma vez, como tem sido frequente recentemente, o principal impacto negativo sobre o índice veio do exterior. Dados macroeconômicos divulgados recentemente pela China desapontaram as expectativas. A taxa anual de crescimento da produção industrial em julho ficou em 3,4%, contra um consenso de 4,4%, e as vendas do varejo no mesmo mês aumentaram 2,5% em relação ao ano anterior, em comparação com um consenso de 4,5%.
Esses dados da economia chinesa abaixo do esperado sugerem uma possível desaceleração da atividade econômica na China, que é um grande motor da economia mundial e um dos principais consumidores de produtos e serviços globais. Isso afetou os mercados internacionais, incluindo as bolsas, que reagiram de forma negativa e generalizada.
Além dos dados econômicos chineses, houve também decepção com os números da economia dos Estados Unidos. As vendas no varejo nos EUA aumentaram 0,7% em julho em relação ao mês anterior e 3,17% em relação ao ano anterior, superando as expectativas de 0,4% e 1,5%, respectivamente. Isso também teve impacto nas operações de mercado.
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