O coronel Adão Teixeira de Macedo, comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), cumpriu a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e suspendeu a função pública de seis dos sete policiais militares presos durante a operação conjunta da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República, em 18 de agosto. A medida foi oficializada através de portaria publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) nesta quarta-feira (30/8).
A suspensão afetou os ex-comandantes-gerais coroneis Klepter Rosa e Fábio Augusto Vieira; o ex-comandante do Departamento de Operações (DOP), coronel Jorge Eduardo Naime; o ex-comandante do 1º Comando de Policiamento Regional (CPR), Marcelo Casimiro; o major Flávio Silvestre de Alencar; e o tenente Rafael Pereira Martins. O ex-subchefe do DOP, coronel Paulo José Bezerra, foi a única exceção.
A decisão entrou em vigor a partir de 18 de agosto, data das prisões. Além de serem presos, os policiais também foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e violação da Lei Orgânica e Regimento Interno da PM. O ministro Alexandre de Moraes irá avaliar a aceitação ou recusa da denúncia.
A PGR detalhou a denúncia em um trabalho de 196 páginas, destacando a tentativa de invasão à sede da PF em dezembro e o cenário de terror em Brasília. Os oficiais da PMDF justificaram sua ação como uma medida para colocar “ordem na casa”, principalmente devido a eventos como a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Tsereré, durante a diplomação de Lula. No entanto, a PGR sustenta que a corporação teve oportunidades de prender os manifestantes e não agiu conforme necessário.