Comando do Exército deve vetar promoção e aumento de salário de Mauro Cid

O comandante do Exército Brasileiro (EB), Tomas Paiva, decidiu vetar a promoção do tenente-coronel Mauro Cid para evoluir na carreira e subir um grau na patente militar. A não inclusão do nome do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) na próxima lista de promoções por tempo de carreira, e que será divulgada em 30 de abril, se deve ao fato de ele estar sem função e sendo investigado em ao menos oito inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).

A palavra final caberá a Tomas Paiva, que já teria sinalizado o veto, impedindo que Cid suba de posto na carreira. Isso, no entanto, não deverá interferir na atual condição do militar, que manterá seu cargo e a remuneração bruta mensal de R$ 27 mil. Ele só perde o salário de for condenado pela Justiça.

O tenente-coronel faz parte da turma da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) de 2000 e que seria a próxima a ser promovida a coronel. Ele, inclusive, registrava uma boa avaliação para ser promovido em seu histórico no EB até se tornar ajudante de ordens da Presidência da República. Pelos critérios da Força, apenas uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) aceita pela Justiça já seria suficiente para tornar o militar impedido de ser promovido.

Sem função no Exército desde setembro do ano passado, Mauro Cid é investigado, entre outras coisas, por suspeita de falsificação de certificados de vacinação de Covid-19 e de ter contribuído com conspirações voltadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado no país após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


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