Combustível e antibiótico poderão ser feitos de bactéria


Uma cultura da bactéria Streptomyces que produz a maxilamicina está sendo estudada por cientistas e, com isso, desenvolvendo um combustível de alta energia a partir dessa cultura. A jornada é liderada por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

A ideia é que o novo combustível possa ser utilizado em muitos tipos de veículos e até em foguetes espaciais. Uma inovação que poderá revolucionar o campo do líquido mais cobiçado.

A Streptomyces é um grupo especial de bactérias envolvidas em processos de decomposição, e que também pode ser usada na produção de antibióticos, sendo capaz de gerar um tipo de molécula energética chamada POP-FAMEs (ésteres metílicos de ácidos graxos policilcopropanos). Essas moléculas apresentam uma estrutura química com ligações de átomos de carbono que garantem mais densidade de energia quando comparada com outros combustíveis que já conhecemos.

Análises apontaram que o novo combustível tem uma densidade de energia de mais de 50 megajoules por litro. Para comparação, a gasolina tem um valor de 32 megajoules por litro, enquanto o RP-1, um combustível de foguete popular à base de querosene, tem cerca de 35. A pesquisa busca desenvolver combustíveis a partir de matérias-primas de base biológica, mas com melhores propriedades energéticas. A massa energética estudo cabe em qualquer tanque de combustível.

“Com combustíveis petroquímicos, você obtém uma espécie de sopa de moléculas diferentes e não tem muito controle sobre essas estruturas químicas. Mas foi isso que usamos por muito tempo e projetamos todos os nossos motores para funcionar com derivados de petróleo”, falou Eric Sundstrom, um dos cientistas membros do estudo.

No momento, os pesquisadores ainda não conseguiram produzir moléculas suficientes para executar testes de campo com um motor real e o próximo passo da fase de pesquisa é aumentar a produção e a eficiência do combustível, até que ele se torne comercialmente viável.

O estudo foi publicado na revista científica Joule no final de junho. Além de foguetes, espera-se que o novo combustível possa ser usado na aviação e em transportes marítimos.


A importância da tecnologia ao nosso favor.

Fonte: Revista Oeste

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