“Sou diabética, não tenho leite, e neste momento estou sem café da manhã, com apenas torradas e um croquete no estômago”, disse Regla Caridad Zayas, apelidada de Cachita, de 59 anos, de Havana.
A culpa da falta de leite é de Cuba, que não tem produção suficiente para suprir a população. Os cubanos têm direito apenas a um quilo mensal de leite em pó (com rendimento de dez litros), que o Estado destina a pacientes como ela, deixou de chegar no ano passado ao estabelecimento dos cada vez menos alimentos subsidiados pelo governo.
Dados oficiais de Cuba indicam que a ilha produziu 455 mil toneladas de leite fresco em 2020.
“É pouca produção para toda a população cubana (de 11,2 milhões de habitantes)” estima Ariel Londinsky, secretário-geral da Federação Pan-Americana de Laticínios, com sede em Montevidéu.
Cuba sequer consegue cumprir a cota mensal de três quilos de leite em pó que as crianças recebem.
“Eles nos tiraram (tudo), bem, estamos acostumados a não ter frango por um mês, mas o leite era intocável”, diz Claudia Coronado, 29 anos e mãe de dois filhos de 3 e 7 anos, na fila de uma loja no Centro de Havana, onde o composto lácteo apareceu, estranhamente, em meados de janeiro.
“Tenho uma menina de 8 anos, eles já tiraram o leite dela”, complementa Jenny Mora, dona de casa de 29 anos que muitas vezes tem que comprá-lo no mercado negro a preços estratosféricos.
Creio que esse seja um dos motivos que artistas e filhinhos de papais que defendem o comunismo moram em Nova York…
*Com informações do O Globo.