Confira o depoimento do major do GSI que aparece nas imagens do 8 de janeiro

O major do Exército José Eduardo Natali, que estava lotado no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no dia dos atos do 8 de janeiro, disse em depoimento à Polícia Federal (PF) que entregou garrafas de água aos manifestantes para acalmá-los e evitar que quebrassem as instalações de uma copa.


“Que os manifestantes questionaram de forma exaltada que local era aquele, ocasião na qual respondeu que se tratava de uma copa; que então os manifestantes exigiram que lhes dessem água; que o declarante entregou algumas garrafas de água com o intuito de acalmá-los e que não danificassem a copa e ainda solicitou que saíssem do local”, disse o major do GSI à PF em trecho divulgado pela Agência Brasil.

“Que o declarante encontrava-se sozinho até o momento. Sem nenhum agente público por aproximadamente uma hora e que durante esse período permaneceu em contato com seus superiores pedindo reforço e atualizando-os sobre a situação da invasão”, diz o depoimento.

Ele também disse à PF que se infiltrou no meio dos manifestantes ao ser avisado que a “segurança tinha colapsado” e que foi hostilizado pelos golpistas. “Que então foi informado pelo coronel que a segurança do PP [Palácio do Planalto] havia colapsado. Que retirou o paletó, a gravata e a pistola para infiltrar-se no Palácio tomado pelos manifestantes, a fim de conter danos, bem corno evitar o furto de sua arma, já que estava sozinho”, declarou.

“Que a título de exemplo, o evento de posse presidencial era nível vermelho ou preto (4º ou 5º nível). Que para o nível de criticidade laranja, o efetivo previsto era de um pelotão, compreendendo cerca de 30 a 40 pessoas de prontidão no Palácio do Planalto (no dia 08 o pelotão chegou por volta de 12 h)”, disse o major à PF.


Em 19 de abril, a CNN Brasil tornou públicos imagens internas do Palácio do Planalto em que o Gonçalves Dias e outros integrantes do GSI aparecem no dia da invasão com os manifestantes que invadiram a sede do governo federal. Na mesma data, o general pediu demissão. A decisão foi tomada depois de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação da Presidência) e Rui Costa (Casa Civil

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