O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (9) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não é inocente. O Supremo Tribunal Federal (STF) deve concluir esta semana o julgamento de Bolsonaro e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado.
Durante um ato em Manaus, Lula declarou: “Esses caras tiveram a pachorra de mandar gente para os EUA para falar mal do Brasil e para condenar o Brasil. Tentando dizer que o pai dele é inocente. O pai dele não é inocente, ele tentou dar um golpe de Estado, estava arquitetando matar o Lula, matar o Alckmin, matar o Alexandre de Moraes”.
O presidente também comentou sobre o contexto político atual e a participação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em ações nos Estados Unidos: “Nós estamos vivendo um momento delicado no Brasil. Você está vendo brasileiro, que foi candidato eleito pelo povo brasileiro, que cometeu as burrices que cometeu, que sabe que cometeu, está sendo julgado e que mandou o filho para os EUA pedir para o governo Trump taxar o país”.
A fala de Lula ocorre em meio a declarações da Casa Branca. Nesta terça-feira (9), a porta-voz Karoline Leavitt afirmou que o governo do presidente Donald Trump (Partido Republicano) não tem “receio de usar força econômica e militar para proteger a liberdade de expressão” no Brasil e ao redor do mundo. Leavitt respondeu a questionamentos sobre a possibilidade de novas sanções ao país diante do julgamento de Bolsonaro e reforçou que a defesa da liberdade de expressão é prioridade para o governo norte-americano.
Na segunda-feira (8), o subsecretário da Diplomacia Pública dos EUA, Darren Beattie, afirmou que o governo continuará tomando medidas contra o ministro Alexandre de Moraes, sancionado pela Lei Magnitsky. A embaixada dos Estados Unidos no Brasil também compartilhou, nesta terça-feira, críticas em seu perfil no X (ex-Twitter), destacando que o Dia da Independência do Brasil, comemorado em 7 de setembro, foi um lembrete do “compromisso de apoiar o povo brasileiro que busca preservar os valores de liberdade e justiça”.