Nesta sexta-feira (04), a defesa do coronel Jorge Naime pediu novamente a revogação da prisão preventiva dele ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Ele está preso há 6 meses. Naime chefiava o departamento de operações da PM do DF no 8 de Janeiro.
De acordo com a defesa do coronel, a prisão preventiva “não é necessária porque, passados mais de seis meses dos fatos, as investigações certamente já avançaram o suficiente”.
“Ele foi afastado das funções de comando, de modo que não há qualquer risco de reiteração ou prejuízo às investigações. Naime possui residência fixa e vínculo com o Distrito Federal, atuando há anos de modo exemplar na Polícia Militar, inexistindo risco de fuga”, informou a defesa de Naime.
Alexandre de Moraes negou em julho um pedido de liberdade do coronel da PM.
A defesa de Naime disse também que todos os PMs que supostamente estariam envolvidos no 8 de Janeiro já foram ouvidos e inexiste presumida influência que o coronel teria sobre os outros.
“A revogação da prisão preventiva em nada atrapalharia a lisura das investigações e a colheita de prova. Nas duas vezes em que foi ouvido publicamente, na CPI na Câmara Legislativa do Distrito Federal e na CPMI do 8 de janeiro no Congresso Nacional, respondeu a todos os questionamentos. Colaborou a todo tempo com as investigações, disponibilizando tudo o que estava ao seu alcance, renunciando a seus sigilos”, disse a defesa do PM.
De acordo com os advogados de Naime, não há nenhum elemento de prova que sugira a participação de Naime nos atos extremistas.
“A esta altura, certamente as investigações estão maduras o suficiente para viabilizar a soltura. O prolongamento da prisão provisória implica em constrangimento ilegal, considerado o excesso de prazo. Até o momento, nem sequer houve o oferecimento da denúncia”, afirma a defesa do coronel.
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