A imagem que circulou amplamente nas redes sociais, supostamente mostrando o corpo sem vida de uma das principais integrantes do Comando Vermelho (CV), conhecida como “Japinha”, foi desmentida. A identificação oficial das vítimas da megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, revelou uma reviravolta: o cadáver não pertence à “musa do crime”, e o real paradeiro da traficante é desconhecido.
Policiais envolvidos na ação confirmaram ao portal Metrópoles que o corpo encontrado vestindo roupa camuflada e colete não é de “Japinha do CV”. Na verdade, o corpo fardado é de um homem ainda não identificado.
A jovem, investigada por atuar na linha de frente do Comando Vermelho, não consta na lista oficial dos 115 suspeitos que já foram identificados pela Justiça. Entre os mortos no ocorrido na Zona Norte da capital carioca, há apenas homens.
A notícia de que a “Japinha” havia morrido durante a megaoperação da semana passada viralizou rapidamente na internet. Uma foto explícita de um corpo sem vida foi amplamente compartilhada, com legendas que apontavam a traficante como a vítima. Em momento algum, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro confirmou essa informação.
Antes da megaoperação, a “Japinha”, que também é citada nas redes como Penélope, já havia sido registrada em uma foto vestindo trajes de guerra e segurando um fuzil, reforçando sua imagem de “soldado” da facção.
Após a desmistificação sobre a suposta morte, um novo elemento surgiu nas redes sociais desde a segunda-feira (3/11). Um vídeo mostrando uma mulher fugindo junto a um grupo durante a megaoperação, que ocorreu em 25 de outubro, está circulando e sendo atribuído à “musa do crime”.
Até o momento, a polícia não confirmou a identidade da mulher que aparece no vídeo.
A “Japinha” é investigada por ter cargo de atuação na linha de frente do CV, protegendo rotas de fuga e pontos de venda de drogas. Seu paradeiro, após o fim do confronto que resultou em 121 mortes (incluindo quatro policiais), permanece um mistério para as autoridades.
