A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou, nesta quinta-feira (11), a quebra dos sigilos bancário e fiscal de 67 pessoas e 91 associações e empresas.
Nesta lista, figuram, entre outros nomes, o de Alessandro Stefanutto – ex-presidente do INSS e alvo de pedido de prisão da CPMI -, além de Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, e o empresário Maurício Camisotti. Antunes e Camisotti foram presos nesta sexta (12) em uma operação da Polícia Federal (PF) justamente contra fraudes no INSS.
Entre as organizações, a CPMI aprovou as quebras de sigilo da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), ligada ao PT, e do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), que tem José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como vice-presidente.
Além delas, também se destacou entre os alvos de quebra de sigilo a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil (Conafer), ligada à Frente Parlamentar em Defesa do Empreendedorismo Rural e que recebeu mais de R$ 100 milhões do INSS.
Um acordo entre oposição e governo vetou a quebra de sigilo do ex-ministros da Previdência Carlos Lupi e José Carlos Oliveira, e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg).
A comissão definiu que terá acesso a informações bancárias das associações que tiveram o sigilo quebrado desde o momento em que foi firmado acordo de cooperação técnica (ACT) com o INSS até a presente data.