CPMI do INSS ouve hoje o ex-ministro Carlos Lupi sobre fraudes em benefícios

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recebe, nesta segunda-feira (8), o depoimento do ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi (PDT). A sessão está marcada para as 16h.


O convite foi apresentado pelo relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), que destacou a relevância da participação do ex-ministro.

“Ele detém informações imprescindíveis para esclarecer quais medidas foram adotadas para evitar o desconto ilegal nos benefícios de aposentados e pensionistas”, afirmou Gaspar.

Lupi é uma das dezenas de testemunhas chamadas pelo colegiado. Além dele, todos os ex-ministros da Previdência Social entre 2015 e 2025 deverão prestar depoimento, assim como ex-presidentes do INSS e dirigentes de associações mencionadas nas investigações.

Também foram aprovados os depoimentos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos ex-presidentes Jair Bolsonaro (PL) e Michel Temer (MDB).

Segundo o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), a estratégia será ouvir primeiramente os ex-ministros e, em seguida, os dirigentes e representantes das entidades citadas.


“Se houver contradições nos depoimentos, faremos acareações para saber quem eventualmente teria mentido”, disse Viana.

A CPMI foi instalada após revelação da Polícia Federal, em abril, sobre um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, ocorrido entre 2019 e 2024. O rombo é estimado em R$ 6,3 bilhões.

A denúncia levou ao afastamento de cinco servidores públicos suspeitos e à demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Na ocasião, Lupi também deixou o comando da Previdência, pressionado pela oposição.

Criado em agosto, o colegiado conta com 15 deputados e 15 senadores titulares, além de suplentes. O grupo terá até 180 dias para concluir os trabalhos e apresentar um relatório final com a responsabilização dos envolvidos.

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