A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos fez história nesta terça-feira (3) ao destituir o presidente da Casa, Kevin McCarthy, em uma revolta liderada por deputados de extrema direita do Partido Republicano. McCarthy, um moderado do partido, perdeu seu cargo com votos tanto da ala conservadora de seu próprio partido quanto de membros do Partido Democrata. A votação resultou em 216 votos a favor de destituir McCarthy e 210 para mantê-lo como líder.
O Partido Republicano, que detém uma maioria frágil na Câmara, enfrentou uma rebelião de sua ala mais conservadora devido ao acordo feito por McCarthy com os democratas para aprovar provisoriamente o orçamento, evitando problemas financeiros para o governo. O deputado Matt Gaetz, principal opositor de McCarthy, apresentou a moção para destituí-lo da presidência.
Após a destituição de McCarthy, a Câmara dos Deputados dos EUA está sem liderança. Um interino, Patrick McHenry, foi nomeado até que um novo presidente seja eleito. Isso deve levar a uma paralisação temporária dos trabalhos na Casa.
Além disso, essa revolta política ocorreu em um momento crítico em que a Câmara havia aprovado um projeto para suspender o teto da dívida por dois anos, permitindo que o governo dos EUA continue a tomar empréstimos para financiar suas operações. Essa medida é fundamental para evitar um calote da dívida, que teria implicações econômicas significativas.
Com a incerteza política resultante da destituição de McCarthy, a situação financeira dos EUA e a política interna do país estão em destaque, com a Câmara buscando uma solução para a liderança e para questões fiscais urgentes.