Críticas de Bolsonaro buscam aperfeiçoar eleições, diz Lindôra Araújo

Na última segunda-feira (6/6), A vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo disse que declarações do presidente Jair Bolsonaro não passam de ‘meras sobre as urnas eletrônicas, visam aperfeiçoar o sistema eleitoral do Brasil. Ela solicitou ao Supremo Tribunal Federal que rejeite um pedido de investigação contra o chefe do executivo por falar sobre haver uma “sala secreta” no TSE.


A notícia-crime foi apresentada ao STF pelo deputado federal Professor Israel e pedia que fosse aberto um inquérito contra Bolsonaro pelos crimes de peculato, prevaricação, crimes contra o Estado Democrático de Direito e improbidade administrativa.

O parlamentar citou um evento ocorrido em 27 de abril no Palácio do Planalto, quando o presidente afirmou que “poderemos ter eleições conturbadas. Imagine acabarmos as eleições e pairar para um lado, ou para o outro, a suspeição de que elas não foram limpas”. Na ocasião, Bolsonaro ainda disse que “não precisamos de voto impresso para garantir a lisura das eleições, mas precisamos ter uma maneira para a gente confiar nas eleições”.

Lindôra, no entanto, disse considerar que a “mera crítica ao sistema eletrônico e a pretensão de seu aperfeiçoamento não conduzem, como pretende o peticionante, a uma ‘tentativa sistemática de embaraço das eleições’”, Para ela, as falas de Bolsonaro são “meras críticas ou opiniões sobre o processo eleitoral brasileiro” e buscam um “aperfeiçoamento do sistema eletrônico de votação”.

Além disso, a vice-procuradora ainda explicou que “no caso dos autos, um simples discurso, meses antes do período de preparação das urnas, não tem potencial algum para impedir ou perturbar a eleição ou a aferição do seu resultado, não viola nenhum mecanismo de segurança do sistema eletrônico de votação”.


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