Cuba faz contato com EUA por ajuda a afetados pelo furacão

Nesta quinta-feira (30), o governo de Cuba informou que entrou em contato com os Estados Unidos para definir como os americanos poderiam fornecer a ajuda humanitária anunciada para as vítimas do furacão Melissa no leste da ilha.

– Na sequência das comunicações públicas de hoje sobre os danos causados pelo furacão, entramos em contato com o Departamento de Estado (dos EUA) e estamos aguardando precisões sobre como e de que maneira eles estão dispostos a ajudar – afirmou o vice-ministro cubano das Relações Exteriores, Carlos Fernández de Cossío.


A mensagem do vice-ministro cubano nas redes sociais é a primeira reação pública e oficial ao anúncio prévio do secretário de Estado americano, Marco Rubio, indicando que seu país ofereceria ajuda humanitária “imediata” ao “povo cubano afetado” pela passagem do furacão Melissa.

– Estamos preparados para oferecer ajuda humanitária imediata ao povo cubano afetado pelo furacão – escreveu Rubio em uma mensagem na rede social X (ex-Twitter).

Na mesma rede social, acrescentou que “assim como nos países vizinhos do Caribe, o Departamento emite uma Declaração de Assistência Humanitária para Cuba e está preparado para fornecer assistência humanitária imediata, tanto diretamente quanto por meio de parceiros locais que possam distribuí-la da maneira mais eficaz para aqueles que precisam”.

Um dia antes, o chefe da diplomacia americana, de origem cubana, deixou Cuba fora da lista ao garantir que os EUA estavam em “contato próximo com os governos de Jamaica, Haiti, República Dominicana e Bahamas” devido aos estragos causados pelo furacão Melissa e que equipes de resgate americanas estavam se dirigindo às áreas afetadas.


Nesta nova mensagem, o chefe da diplomacia americana incluiu o povo de Cuba, mas não forneceu detalhes sobre como essa ajuda será coordenada com o governo de Havana.

Rubio, filho de imigrantes cubanos, mantém uma postura firme e crítica em relação ao governo cubano, defendendo a necessidade de manter a pressão para impulsionar uma transição democrática e distanciar o país de aliados hostis aos Estados Unidos.

O furacão Melissa, que passou da categoria 5 (máxima) para a 2 na escala Saffir-Simpson, avança em direção às Bermudas, onde se espera que a situação piore nesta noite, depois de deixar um rastro de destruição e mortes no Haiti, na Jamaica e em Cuba, informou o Centro Nacional de Furacões.

Em Cuba, o fenômeno climático deixou milhões de pessoas sem energia elétrica e incomunicáveis, municípios inundados e isolados, casas destruídas, plantações alagadas e danos materiais consideráveis

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