Damares critica monitoramento de Bolsonaro

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) protestou, nesta quarta-feira (27), contra as novas medidas restritivas impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou vigilância em tempo integral contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A manifestação ocorreu durante sessão deliberativa da Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH), a qual ela preside, e foi apoiada por parlamentares de oposição que participavam do encontro.


Para a senadora, a medida é extraordinária e autoritária, especialmente porque o ex-presidente sequer foi condenado, e demonstra o sequestro do aparelho estatal para a perseguição a agentes políticos que se identificam com o espectro ideológico conservador.

– A mando de quem está essa Polícia Federal? No dia 9 de janeiro de 2023 essa mesma PF foi a um acampamento e prendeu crianças. Foi uma história de vergonha nacional. Essa polícia violou os direitos humanos – protestou.

Damares Alves lembrou outros episódios que, para ela, tiveram o mesmo objetivo de desgastar a imagem dos conservadores, como a apreensão de drogas em avião de um familiar da parlamentar que havia sido alugado.

Também citou a recente divulgação de operação que mirava contratos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos na época em que ela era ministra da pasta, situação em que, apesar de ela ter denunciado o caso aos órgãos de controle, acabou sendo citada por veículos de esquerda como alvo da ação.


– Eu espero que a Suprema Corte não acate a orientação da Polícia Federal – afirmou.

ENTENDA
Na última terça (26), o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal passe a monitorar em tempo integral o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar e é monitorado por tornozeleira eletrônica.

Sem apresentar qualquer prova, Moraes alegou risco de fuga e citou a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, e segundo ele tem buscado influenciar as autoridades daquele país contra o Judiciário brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *