A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados nesta quinta-feira (8), apresenta um erro curioso em três trechos do documento. A palavra “como” foi trocada por “corno”, gerando confusão e memes nas redes sociais.
Em reproduções de pareceres da Procuradoria-Geral da República, o erro foi constatado, embora a grafia esteja correta no texto original da PGR. “Um grupo de pessoas é apontado como responsável pelo constante assessoramento jurídico e pela elaboração de minutas de decretos, com os fins de consumar um golpe de Estado e de subverter a ordem democrática”, destaca o primeiro trecho.
Outro equívoco ocorreu ao descrever o coronel Marcelo Câmara, preso na operação desta quinta-feira. “Era considerado um dos assessores mais próximos do ex-Presidente da República, tendo sido, após o término do mandato, nomeado como um de seus auxiliares residuais, viajando aos EUA para acompanhá-lo.”
A decisão também transcreveu erroneamente a atuação do Major Rafael Martins de Oliveira, conhecido como “JOE”, nas estratégias adotadas pelos investigados. “O Major Rafael Martins de Oliveira, conhecido como ‘JOE’, com formação em Forças Especiais, foi identificado como interlocutor de Mauro Cid na coordenação de estratégias adotadas pelos investigados para a execução do golpe de Estado e para a obtenção de formas de financiar as operações do grupo criminoso”.
A PF realizou uma operação nesta quinta-feira em dez estados para apurar a participação de pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do ex-chefe do Executivo no poder.
Entre os alvos, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil), Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa).
Valdemar Costa Neto foi preso em flagrante pela PF depois que agentes encontraram uma arma de fogo sem registro na casa do dirigente do partido. Segundo fontes da Polícia federal, a prisão dele não cabe fiança e ele será conduzido à carceragem da corporação.
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