O novo sistema de alertas de desastres de grande risco da Defesa Civil Nacional foi ativado nesta quarta-feira (4) nos estados das regiões Sul e Sudeste. Denominado Defesa Civil Alerta, o serviço utiliza a rede de telefonia celular para enviar alertas gratuitos por mensagem de texto e aviso sonoro, interrompendo qualquer conteúdo em uso na tela do aparelho, mesmo que o celular esteja no modo silencioso.
Os alertas são enviados para áreas com cobertura de rede 4G ou 5G e em situações de risco iminente, como alagamentos, enxurradas, deslizamentos de terra, vendavais, chuvas de granizo, entre outros desastres. Não é necessário cadastro prévio para receber as informações, que serão enviadas automaticamente.
A responsabilidade pelos conteúdos dos alertas é das Defesas Civis estaduais e municipais. Quando houver uma previsão crítica de desastre — seja hidrológico, meteorológico, geológico, entre outros — esses órgãos poderão acionar o sistema para alertar a população em áreas de risco.
Segundo o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, o objetivo da nova tecnologia é complementar outras ferramentas de alerta de emergência e reduzir os impactos dos desastres, orientando as pessoas nas regiões de risco iminente. O sistema foi desenvolvido em parceria com o Ministério das Comunicações, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e quatro grandes operadoras de telefonia móvel (Algar, Claro, Tim e Vivo).
O Defesa Civil Alerta é destinado a desastres de grande intensidade, enquanto para situações de menor risco, como desastres de menor impacto na segurança, outros canais de comunicação — como SMS, TV por assinatura, WhatsApp e Google — continuam em operação.
No último fim de semana, um alerta de demonstração foi enviado para 36 municípios do Rio Grande do Sul e para Belo Horizonte (MG), com o objetivo de testar a funcionalidade da ferramenta. Em agosto deste ano, o sistema foi testado durante um projeto-piloto em 11 municípios, por 30 dias.
De acordo com o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, a população das cidades participantes aprovou o novo sistema. Em uma pesquisa realizada após o projeto-piloto, 87% dos respondentes avaliaram positivamente a ferramenta.
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