Defesa de Braga Netto acusa Mauro Cid de mentir e pede rejeição da denúncia

O advogado José Luis Oliveira Lima, representante do ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, general Walter Braga Netto (PL), negou nesta terça-feira (25) que o militar tenha incentivado ou participado dos atos de 8 de janeiro de 2023. Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022, está preso desde dezembro de 2024.

“Um homem que prestou 42 anos de serviços ao Exército Brasileiro, sem qualquer mancha, sem qualquer mácula, sem qualquer apontamento na sua vida. É um homem de reputação ilibada”, afirmou Oliveira Lima ao defender o general.

O advogado sustentou que Braga Netto não teve envolvimento com os atos na Praça dos Três Poderes e rebateu as declarações do tenente-coronel Mauro Cid, que colaborou com as investigações. “A defesa está com os olhos cobertos”, disse Lima, acrescentando que Cid “está mentindo”.

“Braga Netto não participou da elaboração de qualquer plano que atentasse contra o Estado democrático de Direito, que atentasse contra a vida de um presidente da República, de um vice-presidente da República e do eminente relator [Alexandre de Moraes]. Braga Netto é inocente”, declarou o advogado.

A defesa do general pediu a “reconhecida nulidade do feito”, argumentando que não teve acesso ao material bruto das provas apresentadas, e solicitou a rejeição da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Braga Netto é um dos aliados de Jair Bolsonaro denunciados pela PGR no caso da suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. No julgamento, o Supremo Tribunal Federal (STF) analisa, em um primeiro momento, o chamado “Núcleo 1” da denúncia, que inclui oito nomes. Entre eles, apenas Braga Netto permanece preso.


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