Defesa de Cid insiste em extinção da pena e fim de medidas cautelares

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid voltou a pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal), nesta sexta-feira (24), a extinção da pena de dois anos e o fim das medidas cautelares impostas ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).


O novo pedido foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal do plano de golpe, como alternativa a um requerimento de flexibilização das cautelares para que Cid possa comparecer ao aniversário de 90 anos da avó, no dia 1º de novembro, em Sobradinho, região administrativa do Distrito Federal.

O STF publicou o acórdão do julgamento da suposta trama golpista na quarta-feira (23). Agora, as defesas de Bolsonaro e outros sete réus têm até segunda-feira (27) para apresentar embargos de declaração.

Beneficiado por um acordo de colaboração premiada, Cid foi condenado a dois anos de prisão em regime aberto. Diante disso, a defesa informou que não recorrerá da decisão, mas voltou a insistir na flexibilização das cautelares.

O argumento é que o militar já cumpriu integralmente a pena, pois há mais de dois anos está submetido a restrições como monitoramento eletrônico, afastamento das funções no Exército, comparecimento semanal à Justiça e proibição de deixar a comarca.

Os advogados argumentam que, após a condenação, não há mais justificativa para a manutenção dessas medidas, que teriam caráter excepcional e só se aplicariam enquanto houvesse risco à investigação ou à instrução penal.

“Proferida sentença e já cumprida a pena nela imposta, resta claro que não subsiste qualquer fundamento razoável para a manutenção de cautelares preventivas”, escreveram os advogados Cezar Bitencourt, Vânia Adorno Bitencourt e Jair Alves Pereira.


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