Defesa nega que Mauro Cid tenha sido coagido pela PF

O advogado Jair Pereira, que defende o tenente-coronel Mauro Cid, negou nesta terça-feira (2) que tenha ocorrido coação na celebração da delação premiada do militar na investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. O advogado lembrou de mensagens de Cid reveladas pela revista Veja em que o delator citava a Polícia Federal (PF) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

– Não é coação, reclamar do delegado da PF é direito – destacou.


A defesa de Cid espera que os advogados dos demais réus ataquem a delação premiada do militar com vistas a tentar derrubar as alegações contra Bolsonaro e aliados. Em resposta, Pereira destacou que a validade da delação de Cid foi reiterada em “mais de uma oportunidade.

Uma eventual anulação da delação premiada prejudicaria Cid, que corre risco de perder os benefícios firmados em acordo com a PF. Mas a PGR sustenta que a delação foi apenas um ponto de partida para as provas e, por isso, o processo no Supremo não seria encerrado. Há suspeitas de que ele teria utilizado um perfil falso no Instagram para manter contato com a defesa de outro réu.

A defesa, no entanto, contesta os argumentos levados pelos demais réus sobre tais conversas. O principal questionamento é quanto à ata que teria sido apresentada pelo advogado Eduardo Kuntz, que defende Marcelo Câmara (réu do núcleo 2 da ação penal da suposta tentativa de golpe). Os advogados de Cid dizem que o documento não é válido.

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