A delegação da União Europeia (UE) em Kiev, na Ucrânia, foi “deliberadamente” afetada durante os ataques aéreos noturnos lançados pela Rússia contra a capital ucraniana, de acordo com uma denúncia do presidente do Conselho Europeu, António Costa, que se declarou “horrorizado” nesta quinta-feira (28) com a nova noite de ataques.
– A UE não se intimidará. A agressão russa apenas reforça nossa resolução de ficar ao lado da Ucrânia e de seu povo – disse Costa, que compartilhou uma foto de um escritório com os vidros das janelas quebrados e vários danos.
Também nas redes sociais, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, confirmou que todos os funcionários da delegação estão seguros e instou o Kremlin a cessar os ataques indiscriminados e a iniciar negociações para uma paz justa e duradoura.
Pelo menos 14 civis, incluindo três menores de idade, morreram na noite desta quarta-feira (27) em Kiev como resultado dos ataques russos com mísseis e drones, segundo informaram as autoridades ucranianas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que ainda podem haver pessoas sob os escombros, já que o trabalho de resgate continua.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, expressou sua solidariedade aos funcionários da delegação europeia em Kiev, chamando-os de “a voz da UE no terreno, na Ucrânia”, e ressaltando que tanto eles como “o bravo povo ucraniano” merecem viver em paz.
Por sua vez, a alta representante da UE para a Política Externa, Kaja Kallas, lamentou que, “enquanto o mundo busca um caminho para a paz, a Rússia responde com mísseis” e destacou que o ataque da última madrugada “mostra uma decisão deliberada de intensificar a tensão e zombar dos esforços de paz”.
– A Rússia deve parar as matanças e negociar – acrescentou Kallas.
A comissária europeia de Ampliação, Marta Kos, também classificou o ataque como “um sinal claro de que a Rússia rejeita a paz e escolhe o terror”.