Nesta semana cerca de 1000 funcionários do banco Itaú foram demitidos, de forma repentina, que trabalhavam de forma híbrida ou remota, segundo informou o Sindicato dos Bancários.
Segundo o banco, a justificativa para os desligamentos seriam uma uma análise de desempenho e ao controle de jornada de quem atuava fora do modelo presencial.
A instituição não confirmou o número exato de dispensados, mas declarou que a medida foi resultado de uma “revisão criteriosa de práticas relacionadas ao trabalho remoto e ao registro de ponto”.
De acordo com a nota oficial, foram identificadas inconsistências entre as atividades registradas nos sistemas internos e os horários marcados pelos funcionários. Isso teria revelado períodos em que a jornada declarada não correspondia às horas efetivamente dedicadas ao serviço.
Porém, uma ex-funcionária disse em entrevista ao UOL, que o momento em que recebeu a ligação informando da sua demissão foi com frieza e sem qualquer direito a explicação.
“Na hora fiquei sem chão e meu estômago embrulhou, visto que não estava esperando por aquilo. Apenas me deram o termo de rescisão de contrato para assinar e pediram para devolver os equipamentos do banco”, contou a ex-funcionária que preferiu não ser identificada.
Segundo ela, não houve qualquer tipo que queixa dos gestores a respeito da jornada remota. “Acho que esse foi o ponto que mais me decepcionou em relação a como a empresa lidou com isso. Não houve conversa, clareza ou humanidade na decisão tomada”, lamentou.
Outro ex-funcionário, que também decidiu não se identificar, também disse já trabalha de forma híbrida há cinco anos e nunca teve uma falta. “Meu desempenho foi considerado exemplar, minhas entregas eram de alta qualidade. Aí, nesta semana, fui demitido”, pontuou.
“Tentei entender o que motivou o meu desligamento. Meu esquema de trabalho era híbrido, nunca faltei, inclusive falava para meu gestor encaminhar outras demandas. Foi tudo tão seco e tão desumano”, relatou.