Nesta terça-feira, 10, o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou os atos que estão sendo praticados pelo Irã.
Ele afirmou que o Irã se utiliza da pena de morte contra manifestantes para assustar a população e silenciar protestos no país, o que se assemelha a um “assassinato de Estado”.
“O uso de processos criminais como arma para punir quem exerce seus direitos básicos, como aqueles que participam ou organizam protestos, se assemelha a um assassinato de Estado, disse Volker Türk em um comunicado.
O país executou quatro pessoas, nos últimos quatro meses, acusadas de participar dos protestos desde a morte de Mahsa Amini. Além disso, foi informado pelo poder judiciário que foi proferida uma nova sentença de morte em relação ao movimento de protestos.
“O governo iraniano serviria melhor a seus próprios interesses e aos de seu povo se ouvisse suas reclamações e implementasse as reformas legais e políticas necessárias para garantir o respeito e a diversidade de opiniões, os direitos à liberdade de expressão e de reunião, além do respeito pleno e proteção dos direitos das mulheres em todas as esferas da vida” -enfatizou o alto comissário.
Javad Rouhi foi condenado à morte sob a acusação de “corrupção em território”, por “liderar um grupo de manifestantes”, “incitar as pessoas a criar insegurança” e por “renúncia e profanação do Alcorão ao queimá-lo” -relatou a Mizan Online.
Com esta sentença, que cabe recurso, sobe para 18 o número de condenados à morte em relação aos protestos.