Nesta segunda-feira (23), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) ordenou a soltura de 17 pessoas envolvidas na Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro e atividades relacionadas a jogos ilegais. Entre os libertados está a influenciadora digital Deolane Bezerra, além de sua mãe, Solange Bezerra, e Darwin Henrique da Silva Filho, empresário e dono da Esportes da Sorte. A decisão foi tomada pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, relator do caso.
A Operação Integration foi deflagrada para investigar a participação dessas figuras em um complexo esquema financeiro. Deolane Bezerra, que havia sido presa no Recife no início de setembro, foi liberada para cumprir prisão domiciliar, mas teve seu benefício revogado após descumprir uma ordem judicial. Desde então, a influenciadora estava detida no presídio de Buíque, no Agreste de Pernambuco.
Deolane Bezerra e a revogação de sua prisão domiciliar
Deolane Bezerra foi presa inicialmente no dia 4 de setembro. Após sua detenção, a influenciadora obteve autorização para cumprir prisão domiciliar, mas no dia 10 de setembro, ao comparecer ao Fórum Rodolfo Aureliano para colocar a tornozeleira eletrônica, foi informada da revogação do benefício. A revogação foi decretada pelo descumprimento de uma ordem judicial, que proibia a influenciadora de se manifestar por redes sociais ou outros meios de comunicação.
Após essa decisão, Deolane foi levada para o presídio de Buíque, onde ficou presa até a noite desta segunda-feira (23), quando a Justiça de Pernambuco decidiu liberar a influenciadora e outros 16 envolvidos. A decisão de soltura foi estendida aos demais detidos, graças a um pedido de habeas corpus feito pela defesa de Darwin Henrique da Silva Filho. O habeas corpus, que originalmente visava apenas beneficiar Darwin, foi ampliado para abranger todos os outros presos na operação.
Outros investigados que foram beneficiados pela decisão
Além de Deolane Bezerra e sua mãe, a decisão judicial favoreceu várias outras pessoas envolvidas na operação. Entre os investigados que também foram liberados estão:
- Maria Eduarda Quinto Filizola (em prisão domiciliar);
- Dayse Henrique Da Silva;
- Marcela Tavares Henrique da Silva (em prisão domiciliar);
- Eduardo Pedrosa Campos;
- Maria Aparecida Tavares de Melo;
- Giorgia Duarte Emerenciano;
- Maria Bernadette Pedrosa Campos;
- Maria Carmen Penna Pedrosa;
- Edson Antonio Lenzi;
- Solange Alves Bezerra;
- José André da Rocha Neto;
- Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha;
- Rayssa Ferreira Santana Rocha;
- Ruy Conolly Peixoto;
- Thiago Heitor Presser.
José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha, proprietários da empresa Vai de Bet, eram considerados foragidos. De acordo com a investigação, o casal teria viajado de Goiânia para a Grécia com o cantor Gusttavo Lima, poucos dias após a operação policial ser deflagrada.
Condições impostas pela Justiça para os libertados
Apesar da liberdade concedida, a decisão judicial impôs uma série de restrições e condições aos investigados. Entre as principais determinações, estão:
- Proibição de mudar de endereço sem autorização judicial prévia;
- Proibição de se ausentar da Comarca onde residem sem autorização judicial;
- Proibição de cometer outras infrações penais dolosas;
- Obrigação de comparecimento em até 24 horas na 12ª Vara Criminal da Capital para assinatura de Termo de Compromisso e fornecimento de endereço atualizado.
Além dessas medidas, o desembargador também determinou que os investigados estão proibidos de frequentar empresas relacionadas à investigação ou de participar de qualquer tipo de decisão sobre atividades econômicas vinculadas à operação. Além disso, não poderão fazer publicidade de plataformas de jogos ou citar qualquer empresa envolvida na investigação.
