O grupo terrorista Hamas entregou nesta quinta-feira, 30, corpos de mais dois reféns às mãos da Cruz Vermelha. O Exército de Israel confirmou a operação e informou que os restos mortais devem seguir para identificação e sepultamento em território judeu.
A devolução ocorre dois dias depois de uma nova série de operações israelenses sobre a Faixa de Gaza. A justificativa do governo de Benjamin Netanyahu foi clara: o Hamas rompeu os termos da trégua.
Israel afirma que os terroristas forjaram a entrega de restos mortais ao repassar partes do corpo de um refém já parcialmente identificado. Trata-se de Ofir Tzarfati, sequestrado em 7 de outubro de 2023. O episódio acendeu novo alerta no gabinete de guerra.
Segundo a Autoridade Nacional Palestiniana, a retaliação israelense matou 104 pessoas. O atual cenário representa o momento mais crítico desde o início do cessar-fogo, acordado em 10 de outubro.
Diante da operação, o Hamas interrompeu a entrega de um corpo que estava programada para aquele mesmo dia. Horas depois, o governo israelense declarou a retomada da trégua. Com isso, as Brigadas al-Qassam voltaram a cooperar e liberaram os dois cadáveres.
Mesmo com a trégua em vigor, novos combates foram registrados nesta quinta. Testemunhas relataram à agência Reuters que caças israelenses atingiram dez alvos em Khan Yunis, no sul de Gaza. Tanques bombardearam também regiões no norte. Não há registro de mortos nem feridos.
Israel afirma que Hamas mantém 28 corpos de reféns mortos
O Exército de Israel informou que os ataques tinham como alvo “infraestruturas terroristas que ameaçavam as tropas”. Os confrontos aconteceram em áreas ainda controladas pelo Estado judeu.
De acordo com Tel-Aviv, o Hamas mantém sob seu poder os corpos de 28 reféns mortos. Desses, 15 já foram recuperados e devolvidos às famílias. Os outros 13 estão sob escombros.
No dia 13 de outubro, os terroristas libertaram os últimos 20 reféns vivos. Pelo acordo firmado, o grupo se comprometeu também a devolver todos os corpos dos sequestrados mortos.