Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado federal Reimont (PT), encaminhou ofício ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitando a prisão e extradição de Eduardo Bolsonaro. Segundo o documento, Eduardo teria cometido “ações e declarações atentatórias ao Estado Democrático de Direito e à soberania nacional”. Informação do colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles.
Reimont menciona três condutas específicas atribuídas ao parlamentar: a articulação com o governo Trump para impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros; a disseminação de “discursos golpistas” nos Estados Unidos, nos quais o deputado classificaria o Brasil como uma “ditadura comunista”; e a suposta participação nos planos de golpe de Estado revelados pela operação Tempus Veritatis da Polícia Federal.
O ofício afirma que “a democracia foi salva de um colapso institucional que Eduardo Bolsonaro explicitamente buscava” e que suas ações configurariam, em tese, crimes previstos na Lei do Estado Democrático de Direito, como “abolição violenta do Estado Democrático”, “golpe de Estado” e “incitação pública à ruptura institucional”.
Reimont pede que, caso haja justa causa, o STF decrete a prisão preventiva do deputado, considerando os “riscos concretos de reiteração criminosa e fuga”, e solicita a “formalização de pedido de extradição ativa junto ao governo dos Estados Unidos”. O parlamentar argumenta que “a imunidade não protege atos que atentam contra a ordem constitucional”.