O pedido de investigação sobre a conduta do ministro Dias Toffoli no Supremo Tribunal Federal (STF) foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República pelo deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP). Ele solicita análise da viagem do magistrado a Lima, no Peru, na companhia do advogado Augusto Arruda Botelho, representante de Luiz Antônio Bull, envolvido no inquérito do Banco Master.
A viagem ocorreu no dia 29 de novembro, quando Toffoli embarcou em um avião particular do empresário Luiz Osvaldo Pastore, com destino à final da Libertadores entre Flamengo e Palmeiras. Torcedor declarado do Palmeiras, o ministro acompanhou a derrota do time para o Flamengo por 1 a 0.
Decisões de Toffoli depois da viagem geram questionamentos
Recentemente, depois da carona, Toffoli proferiu decisões relevantes sobre o caso Master, incluindo a determinação de sigilo absoluto do processo. Com isso, nem mesmo as iniciais dos envolvidos ficam disponíveis ao público.
No documento enviado à PGR, o deputado requisita que Paulo Gonet avalie com máxima urgência se é adequada a continuidade de Toffoli como relator do caso Master. Segundo ele, “uma viagem internacional em jatinho particular, para evento esportivo, compartilhada com o advogado de investigado em procedimento sob relatoria do próprio ministro, configura vantagem de alto valor econômico presumível e enquadra a situação concreta das hipóteses legais que vedam a aceitação de presentes, auxílios ou contribuições de pessoas com interesse direto na causa”.