Deputados recusam relatoria de caso contra Chiquinho Brazão no Conselho de Ética

Na semana passada, três deputados sorteados no Conselho de Ética para relatar o processo contra o deputado Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), que está sob custódia por suspeita de envolvimento no homicídio da vereadora Marielle Franco, decidiram não assumir a relatoria do caso.

O processo em questão pode resultar na perda do mandato do parlamentar.

Os deputados que optaram por desistir da relatoria são:


  • Bruno Ganem (PODE-SP);
  • Ricardo Ayres (Republicanos-TO); e
  • Gabriel Mota (Republicanos-RR).

A desistência foi confirmada pelos próprios deputados e pelo presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Jr. (União-BA).

Consequentemente, o presidente do colegiado deverá realizar um novo sorteio, possivelmente já na quarta-feira (17).

Em relação ao processo iniciado no dia 10, três nomes são sorteados para a relatoria, excluindo-se os parlamentares do mesmo estado e partido do deputado acusado, assim como os do mesmo partido que solicitou a abertura do processo, no caso o PSOL.

O PSOL argumenta que a remoção de Brazão do cargo é crucial para impedir que ele utilize sua posição para prejudicar as investigações.

Ayres justificou sua desistência, indicando que foi designado como relator para outra representação, essa contra Glauber Braga (PSOL-RJ).

Por sua vez, Ganem explicou que a relatoria demanda atenção e dedicação exclusiva, destacando sua pré-candidatura à prefeitura de Indaiatuba (SP) como um impedimento para assumir o papel.

Mota declarou que declinou do convite para ser relator.

Cabe ao Conselho de Ética, após várias etapas, produzir um parecer sobre a situação de Chiquinho Brazão. Esse parecer pode recomendar diversas sanções, incluindo a cassação do mandato do deputado. A decisão final será tomada pelo plenário principal da Câmara.

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