O Brasil registrou taxa de desemprego de 5,8% no segundo trimestre de 2025, o menor índice desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) Trimestral, em 2012. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a pesquisa, houve queda do desemprego em 18 estados, enquanto os demais nove mantiveram estabilidade. As maiores taxas foram registradas em Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%). Já os menores índices ficaram em Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%).
Doze unidades da federação bateram suas menores taxas históricas, incluindo Amapá (6,9%), Rio Grande do Norte (7,5%), Minas Gerais (4%), São Paulo (5,1%) e Santa Catarina (2,2%).
O analista da pesquisa, William Kratochwill, ressaltou:
“O mercado de trabalho continua forte. Houve redução da taxa de desocupação em todas as regiões do país.”
Mais empregos formais e redução do desemprego de longo prazo
Entre os empregados do setor privado, 74,2% têm carteira assinada, com os maiores índices em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (82,9%) e Rio Grande do Sul (81,2%). As menores proporções foram registradas em Maranhão (53,1%), Piauí (54,5%) e Paraíba (54,6%).
O desemprego de longo prazo, para quem busca emprego há dois anos ou mais, caiu 23,6%, totalizando 1,3 milhão de pessoas, o menor contingente para um segundo trimestre desde 2014.
Renda média do trabalho atinge recorde
A renda média do trabalho chegou a R$ 3.477, valor recorde da pesquisa, com crescimento em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2024. O Sudeste apresentou alta relevante, de 1,8%, alcançando R$ 3.914.
Desigualdades persistem
Apesar da melhora geral, as diferenças no mercado de trabalho permanecem. A taxa de desemprego foi de 4,8% entre homens e 6,9% entre mulheres. Por raça ou cor, brancos ficaram abaixo da média nacional (4,8%), enquanto pretos (7%) e pardos (6,4%) ficaram acima.
A escolaridade também impacta o desemprego: pessoas com ensino médio incompleto tiveram taxa de 9,4%, quase o triplo do observado para quem concluiu ensino superior (3,2%).