Nesta terça-feira (28), Gustavo Rodrigues, um jovem de Taguatinga (DF), enfrentou momentos de puro medo e angústia após ser preso por engano, acusado de não pagar pensão alimentícia – algo que ele nunca deveria ter vivido, já que não possui filhos. O incidente ocorreu por volta das 17h, quando policiais civis, com um mandado de prisão em aberto, se dirigiram até sua residência.
Apesar de explicar claramente aos policiais que não tinha filhos e não podia ser responsabilizado por pensão alimentícia, Gustavo foi levado à DPE (Departamento de Polícia Especializada) e, no dia seguinte, foi submetido à audiência de custódia. Foi durante a audiência que o juiz percebeu o erro, mas o jovem seguiu detido enquanto a Justiça de Minas Gerais, que originou o mandado, investigava a situação.
A prisão de Gustavo durou cerca de 27 horas, tempo em que ele foi mantido em uma cela superlotada, com 22 detentos. “Ele ficou no chão, sem se alimentar e sem seus medicamentos, sofrendo uma crise de ansiedade”, detalhou seu advogado, Marco Barbosa. Segundo o advogado, Gustavo está emocionalmente abalado após o ocorrido e busca justiça pelo sofrimento que lhe foi causado.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi acionado e está investigando se houve alguma fraude no processo judicial que gerou o mandado de prisão equivocado. O advogado de Gustavo também anunciou que entrará com uma ação contra o Estado por danos morais, em busca de reparação pelos danos emocionais sofridos pelo jovem.
