Autoridades do Ministério da Justiça e a Polícia Federal declararam que a colaboração do ex-policial militar Élcio de Queiroz identificou Ronnie Lessa como o executor do crime que vitimou Marielle Franco. No entanto, em casos relacionados à Operação Lava Jato, colaborações semelhantes não foram aceitas como evidência, especificamente contra o presidente atual, Luiz Inácio Lula da Silva.
Com relação ao ataque sofrido por Jair Bolsonaro em 2018, perpetrado por Adélio Bispo, nenhuma delação foi considerada e a Polícia Federal manteve a narrativa de ação isolada de Adélio, apesar de não divulgar se uma análise forense foi realizada nos dispositivos móveis encontrados com ele.
Logo após o anúncio da colaboração de Queiroz, a narrativa sugerindo algum tipo de envolvimento de Carlos Bolsonaro no caso foi retomada, apesar de não haver evidências que vinculem ele ou qualquer membro de sua família.
A justiça, cada vez mais, parece inclinar-se a favorecer determinadas narrativas, dependendo do ‘protagonista’ em questão. Do mesmo modo que a sociedade clama por esclarecimentos sobre quem ordenou o assassinato de Marielle Franco, também é necessário elucidar quem esteve por trás do ataque contra Bolsonaro.
*Hora Brasília informações