Diplomatas receberam mais de R$ 411 milhões de auxílio-moradia em 2024

No último ano, mais de R$ 411 milhões foram gastos em auxílio-moradia para diplomatas brasileiros, que atuam em representação do Brasil no exterior. Os dados foram obtidos junto ao Ministério das Relações Exteriores pelo projeto Don’t LAI to me, da organização Fiquem Sabendo, via Lei de Acesso à Informação (LAI).


Segundo o relatório, a quantia gasta pelo Itamaraty em 2024 com o benefício chegou a casa dos R$ 411.651.949,83.

A embaixada do Brasil no exterior que mais gastou com auxílio-moradia foi a em Paris, com R$ 9,9 milhões. O posto diplomático é seguido pelas representações brasileiras na China, Paraguai, Reino Unido, Estados Unidos como as que mais tiveram custos com o benefício.

Levando em conta todas as representações brasileiras no exterior — entre missões, consulados e embaixadas — a Missão do Brasil junto às Nações Unidas foi a recordista em despesas do tipo e custou R$ 15.668.033,82 aos cofres públicos.

Apesar de existir desde 2016, o benefício era pago apenas para diplomatas que ocupavam postos de embaixadores no exterior. Em 2022, porém, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou um decreto que ampliou o auxílio para outros postos.

Com isso, ministros de primeira e segunda classe, conselheiros, secretário, oficiais e assistentes de chancelaria no exterior, passaram a ter direito ao benefício. O mesmo é calculado com base no custo de vida no país em que o diplomata atua, e no cargo do servidor.

Os alugueis para diplomatas são pagos em forma de reembolso, em casos onde não existem imóveis funcionais disponíveis para o uso.


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