O discurso do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, na Assembleia Geral da ONU, na tarde de terça-feira (23), em Nova York, repercutiu na Colômbia — não apenas pelo conteúdo da fala, mas também pela vestimenta e pelo símbolo exibido pelo mandatário.
Durante os 41 minutos de pronunciamento, Petro abordou temas como críticas ao presidente norte-americano Donald Trump, defesa de sua política antidrogas, denúncias de “genocídio” em Gaza e a crise climática. No entanto, um detalhe de sua apresentação chamou atenção: o pin da bandeira conhecida como “guerra a morte”, fixado em sua camisa estilo guayabera branca.
O presidente explicou aos presentes o significado das cores da bandeira. Segundo Petro, o vermelho representa liberdade, o negro simboliza a morte e o branco indica a paz possível. “É uma revolução mundial dos povos que se precisa para superar positivamente a crise climática e não deixá-la chegar de crise a colapso global. É uma revolução de povos unidos, de civilizações que devem dialogar mais que os próprios estados”, afirmou.
A exibição do símbolo provocou reações críticas no país. Nas redes sociais, analistas e políticos questionaram a escolha de Petro. O acadêmico Daniel Gómez Gaviria, da Universidade dos Andes, comentou: “A única bandeira que deveria portar um presidente colombiano na ONU é a da Colômbia. Nefastos discursos. Nefastas provocações. Nefasta representação do país. Buscando nada mais que gerar conflito. Até a ONU chegou a bandeira de ‘guerra a morte’. Lamentável.”
O representante à Câmara Julio César Triana (Cambio Radical) também criticou: “‘Guerra a morte’, essa é a bandeira que Gustavo Petro exibe na Assembleia Geral da ONU. Uma vergonha.” O senador Enrique Cabrales (Centro Democrático) questionou a intenção do presidente: “O que Petro faz com a bandeira de ‘guerra a morte’ na Assembleia da ONU?”, referindo-se à narrativa internacional adotada pelo mandatário.
A bandeira, que Petro já havia destacado em maio deste ano, voltou a gerar debate sobre a imagem que o país projeta internacionalmente e sobre a interpretação de símbolos históricos em discursos oficiais.
Fonte: Gazeta Brasil